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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

PREÇO DO OVO CAI E EM CONTRAPARTIDA AUMENTA O CUSTO DE PRODUÇÃO EM SÃO PAULO



Do Globo rural
Os ovos que saem da granja de Cristian Maki estão sendo vendidos por R$ 53 a caixa com 30 dúzias. O valor está abaixo do custo de produção que é de R$ 60, em média, por isso, ele e outros avicultores de Bastos, no interior de São Paulo, já estão tomando algumas providências, como a antecipação dos descartes.
O baixo preço pago ao produtor não poderia coincidir com época pior. É que o milho e a soja, produtos mais utilizados na composição da ração, estão com o valor em alta. Em janeiro, a tonelada da soja era vendida a R$ 620. Hoje, está custando mais que o dobro: R$ 1.380. Já a saca de 60 quilos de milho, que valia R$ 21 em junho, agora custa R$ 31.
O município de Bastos é o maior pólo de produção de ovos de São Paulo, estado que responde por 26% da produção nacional.
Uma das medidas adotadas pelos avicultores para baixar os custos de produção é mexer na composição da ração. Em vez de milho, alguns estão utilizando milheto e sorgo.
A mudança não agrada a todos os avicultores porque precisa mudar toda a formulação, as galinhas sentem e diminuem a produção, explica o avicultor Leonardo Yoshikawa.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Custo de produção de frangos cai e de suínos sobe


 Shutterstockcusto de produção de frangos de corte no Paraná, maior produtor nacional da ave, ficou um pouco mais baixo em maio deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado. Calculado pela Embrapa Suínos e Aves, o índice apresentou variação de -2,15% no período. As pequenas variações nos preços do milho e do farelo de soja no atacado do estado e a redução nos custos do alojamento dos pintos, que também foi menor, influenciaram a baixa no custo de produção. 
O custo de produção dos frangos de corte teve uma queda de -2,15% em maio em comparação com o mesmo mês de 2011

No ano, o ICPFrango/Embrapa acumula alta de 10,27%, impulsionada principalmente pelo aumento nos preços da mão-de-obra e transporte. 

Já o ICPSuínos de Santa Catarina sofreu uma elevação de 4,43% no mês passado. O principal responsável pela alta foi o aumento nos preços dos alimentos dos animais (farelo e óleo de soja). O índice também registra aumento no acumulado do ano de 5,25%.
 Fonte: Globo rurral on line

Recuperar o Cerrado amplia produtividade, dá lucro e gera empregos


Renato Araújo/AbrNos 50 milhões de hectares de pastos degradadosencontrados no Cerrado é possível multiplicar por cinco o número de cabeças de gado se forem adotadas ações para recuperação do bioma, diz o pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, João Kluthcouski. Ele também destaca a possibilidade de crescimento da lavoura. 

“Se nós recuperássemos essas áreas aqui no Cerrado, poderíamos aumentar em até cinco vezes a lotação animal dessas áreas, quer dizer, colocar até cinco vezes mais boi. Se nós fizermos isso, evidentemente, não teremos mais necessidade de abrir pasto nas regiões marginais, como na Amazônia. Além disso, com a integração lavoura-pecuária, poderíamos, nessas áreas que hoje são degradadas, duplicar a produção brasileira de grãos, sem a necessidade de derrubar uma única árvore em reservas virgens”. 

Entre os pontos positivos desse modelo, o pesquisador ressalta ainda a criação de empregos, já que o trabalho em pastos sustentáveis exige mais mão de obra do que nos pastos degradados, a atividade se torna mais produtiva e gera mais impostos. E, como a produção fica mais perto do centro consumidor, o custo do frete cai. 

Segundo o técnico do Ministério da Agricultura Maurício Carvalho, o custo inicial pode ser grande, mas todo o investimento é recuperado no médio prazo. 

“É uma estratégia de recuperação de pastagens degradadas para minimizar os custos para o agricultor. Então, com oplantio de lavoura, a gente pode recuperar grande parte dos custos de investimento na recuperação da fertilidade do solo, e não apenas recuperando a pastagem por si só. Essa integração lavoura-pecuária – e aí pode entrar o componente florestal – significa uma possibilidade de renda maior para o agricultor e a estabilização dessa renda ao longo do tempo.” 

O pesquisador da Embrapa Cerrados Lourival Vilela aponta que o interesse na integração é crescente, inclusive com o acréscimo do componente florestal. 

“Em um primeiro momento, na região do Cerrado, estamos trabalhando com espécies cujo comportamento se conhece bem, no caso, o eucalipto é uma das espécies, como também estamos testando espécies nativas, mas em uma fase ainda bastante embrionária do trabalho”.
Fonte: revistagloborural.globo.com
Foto: Renato Araujo/Abr